São Bento

© Rui Sérgio Afonso 2021

São Bento

A melancolia dos eléctricos

Joaquim Arena
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Evocação da memória de um dos mais antigos bairros de Lisboa - São Bento - e dos seus habitantes de origem africana. De escravos negros, a partir do século XVI, a imigrantes das ilhas de Cabo Verde, a partir dos anos sessenta, do século XX. Uma viagem no tempo através da vivência e do testemunho do percurso pessoal do escritor Joaquim Arena e sua família.

Infância num lugar de história

Em criança, sempre pensei que existira um poço de verdade naquela rua, de onde só os negros podiam tirar água. Nós morávamos num terceiro andar, com águas-furtadas, na Rua das Gaivotas, um pouco mais abaixo. Talvez os vestígios do dito poço estivessem algures sob os carris do eléctrico e a calçada velha. Segundo os historiadores, situava-se ao fundo da actual Calçada do Combro. A minha escola primária ficava no início dessa Rua do Poço dos Negros que, na verdade, era mais um buraco largo e fundo, mandado cavar por D. Manuel I, no século XVI, para receber os cadáveres dos escravos negros mortos, pela cidade. Escravos gentios, não baptizados. Na época, chegaram a representar cerca de dez por cento da população. Depois de atirados os corpos, lançava-se algumas pazadas de cal, conveniente medida de saúde pública. Não muito longe dali, numa encosta sobranceira ao rio Tejo, surgiu um bairro chamado Mocambo. Era habitado pela população negra, escravos e forros, que trabalhavam na cidade. Tudo isto ficava fora das muralhas de Lisboa. 

A cidade, entretanto, cresceu e expandiu-se. As praias do Tejo atraíram famílias de pescadores da costa portuguesa. Os bairros foram nascendo aqui e ali. No início do século XIX, Mocambo deu lugar ao bairro da Madragoa e, na ausência de leis segregadoras, os negros e negras foram-se diluindo na população branca. Mas os vários conventos e mosteiros, como o Convento das Trinas do Mocambo, o Mosteiro da Nossa Senhora da Nazaré do Mocambo (também denominada Convento das Bernardas) e o Mosteiro de Santa Brígida, que empregavam população escrava, nas cozinhas e nas hortas, ainda por lá continuam.

Foto: © Rui Sérgio Afonso

A comunidade caboverdiana chegada nos setentas

Em 1889, a cabo-verdiana Andresa do Nascimento, que viria a ser a coquette mais famosa do seu tempo, a Preta Fernanda, começou a trabalhar como governanta em casa dos Cavalcanti, também na Rua do Poço dos Negros. Em 1940, depois de participar na Exposição do Mundo Português, o compositor cabo-verdiano B. Leza, ficou hospedado numa rua a norte da Poiais de São Bento. 

No início dos anos sessenta, no 1º andar do número 152, da mesma rua do Poço dos Negros, Dona Joaquina, irmã de Nho Damatinha, começou a alojar jovens imigrantes cabo-verdianos em trânsito para a Holanda. O mesmo acontecia na Pensão Dona Maria, no início da Calçada da Estrela, da Dona Vi, a meio da mesma Calçada, da Dona Jô, na Avenida D. Carlos I e, numa outra, de um imigrante de Santo Antão, no início na Rua de São Bento, em frente à Praça do Palácio da Assembleia.

Chegámos no início de 1971. A comunidade cabo-verdiana era constituída por várias famílias de embarcadiços, que já se tinham instalado aqui na década anterior. Os homens aproveitavam a oferta de trabalho, sobretudo na marinha mercante holandesa. As mães eram domésticas. Havia bares e restaurantes de cabo-verdianos e numa casa de discos podia-se encontrar as primeiras gravações de Bana e do Conjunto Voz de Cabo Verde. Não muito longe, nas Janelas Verdes, um imigrante de São Vicente abriu o restaurante O Andaluz, onde também se tocava música de Cabo Verde. O Conjunto África Star dava os primeiros bailes numa cave da mesma zona, antes da discoteca Lontra abrir as suas portas, na Rua de São Bento, onde surgiria a Cocnot, em meados dos oitenta.

Coincidentemente ou não, a história da zona de São Bento ficou marcada por gentes do continente africano e das ilhas. Elas fizeram o espírito do lugar. Um passado que ainda podemos encontrar nas senhoras crioulas de rolos na cabeça, a espreitar à janela, e reformados fumando, vagarosamente, à porta dos cafés. Nos últimos anos, a Pensão Madeira, a meio da Rua de São Bento, passou a ser a casa de centenas de doentes cabo-verdianos evacuados, que prosseguem tratamento médico em Portugal. Na mesma rua abriu portas, muito recentemente, o Centro Cultural de Cabo Verde.

Memórias: um quadro de permanência

É inevitável reflectir sobre os tempos que o presente contém. Um presente que toca bem lá no fundo, misturando lembranças e imaginação. No rasto visível e invisível, naqueles sinais que só a alma pode interpretar. O bairro, estas ruas de cultura crioula, praticamente não mudaram, ao contrário das periferias. As lembranças não precisam ser salvas, nunca estiveram em perigo. São tempos e memórias feitos de edifícios antigos, varandas de ferro forjado, janelas de guilhotina, escadas de madeira, flores nas tapadas. Não dependem de relatos ou testemunhos para a sua sobrevivência. Não é como procurar a nossa cidade ou bairro da infância e não o encontrar. Ao deambularmos pelas ruas, praças, subindo e descendo colinas e travessas, sentimos que a nossa existência se completa. É um regresso garantido. Como escutar a sirene de um eléctrico, dobrando a esquina: um quadro de permanência.

Quando nos mudámos para uma casa maior, na periferia, a minha mãe continuou a viver o bairro, à distância. Não conseguia disfarçar a falta que este lhe fazia, essa íntima relação. Todos os meses ela regressava. Umas vezes para ver amigos, outras para fazer compras nas mesmas lojas. Quase sempre apanhava o eléctrico, o único meio de transporte que ela tinha como verdadeiramente seguro. A mudança de sentido das costas amovíveis dos assentos, era para ela uma das invenções mais extraordinárias e eficazes. E quando não regressava ao bairro, o seu espaço e tempo da vida eram vivenciados na memória, nas lembranças - a aura saudosa. 

A linguagem da memória constituiu sempre uma parte da sua existência, começando pela das ilhas de São Nicolau, São Vicente e do Sal, onde ela vivera. Sempre me fascinou a forma subtil como geria as categorias de espaço e de tempo. A maneira como acariciava a nostalgia do presente, o fruto desse mesmo encontro. A memória era a sua morada privilegiada. O seu espaço de liberdade absoluta, onde podia entrar e sair quando quisesse. Exercitava-a sempre que recebia a visita de amigas de longa data e dos primos da Margem Sul. A lembrança como lugar de estabilidade e permanência. Saber habitar a memória é um dom. Saber circular pelos seus canais, realizar e materializar sentimentos de fé e paixão, é conhecer a paz. É, também, preciso arte para saber preservar a narrativa do invisível, a ponto de poder satisfazer as nossas necessidades biológicas. A afeição e o amor da minha mãe ao bairro de São Bento, ainda hoje, é obra do tempo. Ligeiro rumor do tempo a trabalhar, atravessado por um eléctrico vagaroso e impassível.

As figuras do quotidiano

Dou por mim também a evocar outros habitantes que por aqui passaram, a reconstituir o quadro do seu quotidiano. Imagino como terão formatado essa vivência, seus vínculos culturais, novos e antigos. As experiências íntimas, valores estéticos. As suas restrições ou estados de conforto. Pergunto que significado terão tido para eles esquinas, colinas, a sucessão de imagens e referências urbanas. O sentimento do lugar é também constituído pela pausa e pela soma das experiências. Incluindo a da escravidão e outros cativeiros. Outros destinos. Também é legado, como extensão dos construtores desse lugar. O passado surge na forma das coisas banais, assim como o presente, sem que o olhar se sinta particularmente atraído. Coisas e afectos, dimensões cruzadas. Tal como uma cómoda, o naperon sobre a mesa e bibelots baratos, o candeeiro a petróleo, a aldrava-mãozinha de ferro que bate à porta. O olhar que espreita a rua das águas-furtadas. É tudo experiência. Passado e presente.

Havia estórias recorrentes, memórias revividas inúmeras vezes à mesa da cozinha. Recordo a manhã em que a minha mãe acordou visivelmente perturbada. Tivera um sonho horrível: a amiga Vicência caía pelas escadas do prédio, na cadeira de rodas, no exacto momento que ela subia para visitá-la. "Os sonhos são a punição pelas nossas faltas", disse-me. A penitência humana é imensa. A minha mãe bebeu um pouco de água. A angústia também se lava. Mas não as lembranças. A Dona Vi era uma mulher simpática, mas profundamente nostálgica e religiosa. Vi-a pela primeira vez numa festa de casamento, no mês em que os jacarandás da Avenida D. Carlos I estavam floridos. Quando o irmão chegou de São Vicente, visitámos o Cristo-Rei, a Feira Popular e o Jardim Zoológico. Todos os que chegavam das ilhas queriam conhecer o Cristo-Rei, a Feira Popular e o Jardim Zoológico. Escutei a minha mãe dizer que ela era assim, triste, por causa de uma paixão da juventude. Toda a gente parecia saber qualquer coisa. Ninguém tinha a certeza de nada. Tratava-me como se fosse uma tia e eu gostava do cheiro da sua mão. Lembro-me da foto, enorme, de um avião, emoldurada na parede da sala da Pensão. Tinha uma inscrição por baixo: Isola di Sal, Savoia-Marchetti Sm 83. Mas Dona Vi, contava-se, começara a beber ao crepúsculo. De início, escondia. Só no início. Depois, encontravam-na sozinha, à janela, a discutir com os seus fantasmas, em italiano. Pareciam morar ali pelas águas do Tejo. Quando ficou imobilizada pela diabetes a filha tomou conta da Pensão.

Ao longo dos anos, as voltas da minha vida mantiveram-me longe do bairro. Foram poucas as vezes que por ali passei. Mas era inevitável. Acordavam-me sempre uma cálida melancolia. A saudade de uma perda de que nunca recuperei. Uma felicidade longínqua, nunca igualada. Até que uma noite, nos anos 1990, reencontrei Carlos, o filho de uma comadre da minha mãe, que havia sido meu amigo de infância. A família morava num quarto andar da Travessa da Peixeira, numa colina sobranceira à Rua de São Bento. Eu costumava passar tardes em sua casa, na brincadeira com o irmão mais novo. Da sua varanda podia ver-se o render da guarda dos soldados do Palácio da Assembleia. Contou-me que durante vinte e cinco anos fotografara «tudo o que mexia ou estava eternamente cristalizado: animais, casas, monumentos, plantas, pessoas, carros, barcos». Trabalhara como free-lancer, para jornais, revistas, empresas privadas, universidades, institutos, biólogos, professores. As coisas correram bem até os orçamentos começarem a ser cortados e os contratos cancelados. E depois de uma breve experiência em Macau, Carlos regressara a Lisboa. "E sem que o pudesse imaginar fui encontrar a felicidade atrás de um balcão, a servir pratos típicos de Cabo Verde, ponche e aguardente de cana a uma clientela que se foi tornando numa espécie de segunda família". E embora o desejo de continuar a fazer fotografia permanecesse nele, com o tempo, confessou-me, este passou a ser mais um alimento da paixão do que propriamente um sustento do corpo. "Sabes, viajei muito. Sempre sonhei com um local onde pudesse receber e fazer amigos. Talvez um pequeno hotel à beira mar, de preferência num país tropical. Tratar os clientes como se os recebesse na minha própria casa".

Carlos contou-me como graças às ideias da sua irmã e de uma amiga de infância, os clientes foram aparecendo. Com eles vieram outros amigos, até que os quarenta lugares disponíveis, no restaurante se tornaram insuficientes. A maioria dos clientes eram cabo-verdianos. Mas um ano depois, grupos de estudantes do Erasmus, artistas de teatro e cinema e alguns jornalistas ocupavam quase todos os lugares. Depois do jantar, alguém pegava num violão e o restaurante transformava-se num pequeno pub irlandês. E foi assim que, depois de um jantar de aniversário, também me tornei cliente do restaurante de Carlos e se deu o meu regresso ao velho bairro de São Bento. Fiquei muito contente pelo nosso reencontro e pela felicidade e a tranquilidade que ele tinha conseguido encontrar. Carlos não tinha o mar cristalino e palmeiras ao vento na sua frente, mas tinha o eléctrico nº 28 descendo e subindo a Calçada da Estrela na linha do olhar. 

Nessa noite, recordámos os tempos em que seguíamos, com outros meninos, pendurados nele até ao Largo do Camões. Dali saltávamos, depois, sobre outro para voltar a descer a Calçada do Combro, até ao final da Rua dos Poiais de São Bento. Muitas vezes, contou-me, entre o final da hora do almoço e a preparação para o jantar, deixava o restaurante entregue à irmã, pegava na sua velha leica e em duas ou três lentes e saía pelas ruas. Seguia levado por essa sensação de redescoberta. 

A nossa velha Escola Primária nº 8, situada na bifurcação da Calçada do Combro nas ruas Poiais de São Bento e do Poço dos Negros estava completamente arruinada, ameaçando cair. Os vidros das janelas, contou-me, estavam partidos e o telhado mal resistia sob o peso dos tufos de ervas e arbustos selvagens. Carlos lembrava-se ainda da nossa professora da primeira classe e da leitura das lições que fazíamos, à vez, junto da sua secretária.  Encontrou o bairro muito diferente. Agora havia gente de todo o mundo, lojas de produtos exóticos. Línguas e alfabetos estranhos. Os palácios da Flor de Murta, do Mesquitela e do Correio Velho, na Calçada do Combro, estavam transformados em condomínios de luxo. As velhas sapatarias tinham dado lugar a minimercados indianos e nepaleses. Mas as livrarias e os alfarrabistas, disse-me, continuavam abertas.

Foto: © Rui Sérgio Afonso
É muita coincidência!

E foi então que ele se voltou para mim e disse que tinha uma boa história a propósito da memória e do tempo. Certa noite, contou-me, entraram no restaurante duas turistas americanas. «Umas delas afro-americana, ambas nova-iorquinas, nos seus quarentas. Sentaram-se numa das mesas ali mesmo junto à porta, de onde podiam a seguir o movimento dos eléctricos que passavam. Reparei que uma delas, a Catherine, trazia uma bela máquina fotográfica e depois disse-me como estava encantada com os bairros antigos de Lisboa. Trabalhava para várias revistas americanas. Mais uma estrangeira que se apaixonara pelas colinas e pelas vistas da cidade, pensei. Sula, a amiga afro-americana, era mais tímida. Seguia a conversa calada. Quando falámos das nossas origens e eu um pouco de mim e da minha irmã, do restaurante, enfim, entre outras coisas, Catherine disse, maravilhada, que a sua amiga também tinha nascido em Cabo Verde. Sula chamava-se, na verdade, Sulamita, e era natural de São Vicente. Trabalhava como decoradora de interiores, como me explicou. Andavam há dias a ver os pátios de Lisboa e os jardins altos, das casas nas colinas, que ela adorava. Emigrara com a mãe para os Estados Unidos muito pequena. Perguntei se ainda falava o crioulo. Ela riu-se e disse que não. A mãe voltara a casar com um contabilista italiano de Newark e raramente tinham contacto com os naturais de Cabo Verde. 

No final do almoço, disseram-me que ainda iam conhecer Sintra e Óbidos. Despedimo-nos. Fiquei a observá-las da porta. Eram duas amigas de meia idade, pensei, interessantes, sofisticadas, a aproveitar bem uma viagem a Portugal. Uma semana depois, voltaram para jantar. Era a sua última noite em Portugal. Ofereci-lhes as sobremesas, doces das ilhas, especialidade da minha irmã. No final da noite, depois de vários cálices de ponche, parecíamos velhos amigos. Viajámos por diversos assuntos, até que, a propósito da música, regressámos à história de Sula. Disse-me que tinha algumas lembranças de brincadeiras, da casa da sua avó, dos vizinhos, no Mindelo. Na verdade, durante a sua viagem para a América com a mãe, contou, tiveram uma breve passagem por Lisboa, aos sete anos. Tinham ficado alojadas em casa de uma senhora amiga da família, mas não se lembrava do nome nem tinha a certeza onde teria sido. De repente, do fundo da minha memória, a imagem de uma menina e da sua mãe, que também recebemos em nossa casa, nessa mesma época, começou a tomar forma. Lembrava-me de que era mulata, talvez ligeiramente mais nova, de cabelo crespo, e cuja pele do braço e das orelhas cheirava a qualquer coisa parecida com cebola. ‘Lembra-se de ter ido visitar o Cristo-Rei?’ Perguntei a Sula. 

Depois de lhe explicar o que era, fazendo-me de estátua, ela parou e fixou-me. Sim, respondeu, sorrindo.‘… E de uma festa de aniversário? Talvez. E dos homens andarem na Lua pela primeira vez…? Ela abriu muito os olhos: oh my God! Isso, sim, sem dúvida! Foi durante a viagem, em Lisboa que assisti a essa transmissão!’ Aí levantei-me e rodopiei sobre os calcanhares. Catherine estava abismada. É muita coincidência, disse ela. This is crazy! Fantastic! Pois, retomei, sentando-me: só pode ter sido você, Sula. Por esta altura, nem podes imaginar, Catherine estava tão emocionada que pensei que ia começar a chorar. Sula apenas sorria, ainda de boca aberta. Então, expliquei-lhes: a festa de aniversário tinha sido a do meu irmão mais novo e tenho ainda uma velha fotografia desse dia, onde estamos todos em volta da mesa, a cortar o bolo. Tenho a certeza de que Sula também lá está. É pena irem embora já amanhã, senão mostrava-vos. A viagem à Lua, da Apollo 11, seguimo-la pela televisão da taberna da Dona Eva, na esquina da nossa rua. Era aqui que víamos televisão naquela época.» 
Carlos sorriu para mim. História muito bonita, não havia dúvidas, disse-lhe. Perguntei se chegara a enviar-lhes a foto. Ainda não a tinha encontrado, respondeu. Deveria estar num dos velhos álbuns de família, que uma das irmãs guardava. Já agora, disse-lhe, também gostaria de a ver. Com um pouco de sorte até poderia me encontrar entre os meninos da festa de aniversário. "Vou mandar aumentá-la para a emoldurar", disse-me. Achei uma excelente ideia. Depois dessa noite, de cada vez que nos encontrávamos, quase todos os meses, quando passava pelo seu restaurante, perguntava-lhe pela foto e pelas turistas americanas. Carlos respondia vagamente. Outras vezes sorria, mas noutras parecia completamente esquecido do assunto. Fiquei a pensar naquela história. Perguntei-me se, de facto, a foto existia mesmo. Fora uma noite de muito vinho, ponche, muita animação. O meu amigo Carlos, o centro das atenções no seu restaurante. Duas turistas bastante animadas. Era um bom pedaço de memória e uma boa história. O tempo do lugar e o lugar do tempo.
Março 2021

Última edição em: 19/04/2024 07:08:17

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